Poesia - O meu Cristo


Neste mundo há muitos Cristos, de muitas formas, de várias cores e de vários tamanhos, Cristos inventados, Cristos moldados, Cristos tristes, Cristos desfigurados.

Há Cristos para cada gosto, cada objetivo, cada projeto.

Há o Cristo das belas artes, um motivo como tantos outros para expressar uma forma ou exibir uma escola, pelo próprio homem criada. É o Cristo só para se ver, analisar ou criticar, para exaltar o autor, o seu talento, sua invencionice.

Há o Cristo da literatura, da prosa, do verso, da fama, do etilo famoso, do bestseller. É o Cristo de pretexto, que serve de texto dentro de um contexto, que ajuda o seu autor a faturar mais, ser mais lido e procurado.

Há o Cristo das cantigas, deturpado, maltratado e irreverentemente tratado. Aparece na crista das ondas, estoura nas paradas. É cantado nos salões e circula aos milhões como mercadoria para enriquecer a muitos. É o Cristo de algibeira, fabricado como produto de consumo.
Há até o Cristo do cinema e do teatro, sucesso absoluto de bilheteria. É a expressão da arte moderna fazendo a caricatura do maior personagem da história. É o Cristo musicado, martirizado, encenado. É o Cristo para o espetáculo, para os olhos, para os ouvidos, para o lazer, para a higiene mental.

Há o Cristo do crucifixo, de pedra, de mármore, de madeira, de metal, de ouro e até mesmo de cristal. É o Cristo para a aparência, para o colo da mocinha, para o peito piloso do rapaz excêntrico. É apenas ornamento ou simples decoração, embora, alguns lhe prestem culto, ele não vê, não ouve e não entende.

Há, também, infelizmente, o Cristo de certos cristãos que ainda o tem no túmulo, e ainda conservado na tumba dura e fria. É o Cristo que não vive porque os seus adoradores ainda estão mortos, sem despertar para a vida nova, a vida do próprio Cristo, da qual, ainda, lamentavelmente, não se apossaram.

O meu Cristo não é nenhum desses! O meu Cristo é o Filho de Deus que nasceu, cresceu e sofreu, foi condenado à morte e sepultado por causa dos meus pecados. O meu Cristo não ficou preso na sepultura escura! Ele ressuscitou, subiu ao céu e reina à direita do Pai!

O meu Cristo é cultuado, admirado e adorado porque está vivo e bem vivo! Meu Cristo vive nas parábolas que proferiu! O meu Cristo vive nos ensinos que deixou! O meu Cristo vive nos atos que realizou! O meu Cristo vive nas almas que salvou!

O meu Cristo vive, não tenho dúvidas, porque o meu Cristo vive em mim!



Autora: Gilmara Silva de Melo
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3 comentários:

  1. A paz do Senhor Jesus Evinha!!!

    Amei seu Blog, essa poesia é linda, fazia tempo que não tinha visto e hoje foi uma surpresa incrível vê-la aqui...

    você declama ela na igreja???

    Muitas pessoas precisam conhecer o Cristo Vivo que eu e você seguimos!!!!


    Amei!!!

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  2. Acabei de ver a postagem desta poesia, que é linda! Ocorre que conheço a autora. Foi escrita em 1982, em Jaboatão dos Gararapes, por Gilmara Silva de Melo. Seria interessante e justo, dar os créditos da Autora. Meu nome é Suzana Viana e sou do Rio de Janeiro. Eu acompanhei o processo de construção de cada estrofe deste texto e nunca imaginei que estivesse sendo veiculada na internet. Mas isso é Show!! Que Deus seja Louvado!!

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    Respostas
    1. Olá, Suzana! Muito obrigada, pela dica!
      Darei os créditos a autora, mais do que justo
      Beijos
      Paz!

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seja inteiro e não pela metade!

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